Considerações antes de ter um cão.
Ter um cão vai muito além de um capricho passageiro: é um compromisso responsável de 10 a 15 anos de vida do animal. Essa decisão deve ser ponderada e voluntária (não um presente). Como alerta a Decana de Veterinária da UCM: “Um cão não pode ser dado como presente, porque o compromisso […] deve ser uma escolha de quem ficará com ele”.
ANIMAIS DE ESTIMAÇÃO
6/10/20256 min ler
Ter um cão vai muito além de um capricho passageiro: é um compromisso responsável de 10 a 15 anos de vida do animal (1). Essa decisão deve ser ponderada e voluntária (não um presente). Como alerta a Decana de Veterinária da UCM: “Um cão não pode ser dado como presente, porque o compromisso […] deve ser uma escolha de quem ficará com ele” (2). Um cão trará muita alegria e lealdade por toda a vida, mas também mudará sua rotina e exigirá dedicação contínua (3, 4). Antes de decidir, pergunte-se por que quer um cão e se é o momento certo para assumir tantos anos de cuidados (4, 5). Lembre-se de que os cães são seres sencientes: sentem solidão, felicidade e estresse como nós e oferecem “toda uma vida de lealdade e amor a quem se comprometer a ser um dono responsável” (4).
Tempo, afeto e socialização
Um cão precisa de tempo diário: passeios, brincadeiras, treinamento e visitas ao veterinário. Brincar, passear e adestrá-lo são atividades essenciais para mantê-lo saudável e feliz (6). Socializá-lo e educá-lo desde filhote é fundamental — “assim como se deve fazer com uma criança” (7) — para que conviva bem com outras pessoas e animais. Além disso, ele requer afeto e atenção constantes: não basta que receba carinho no início da relação, mas sim durante toda a vida (8). Negligência emocional (pouca companhia, rotina afetiva escassa) pode levar a ansiedade ou comportamentos problemáticos. Tenha em mente que a responsabilidade não pode recair apenas sobre os mais jovens da casa: “Uma criança não pode ser a única responsável por cuidar dele” (9). Toda a família deve se envolver nos cuidados (9, 10), dividindo tarefas (passeios, limpeza, treino) para garantir que o novo membro receba atenção diária e carinho.
Os cães são animais altamente sociais: precisam de interação, brincadeiras e treino contínuos. Como explica a World Animal Protection, é preciso “preocupar-se em socializá-lo e educá-lo” desde filhote (7). Além disso, “eles precisam do seu afeto e atenção” o tempo todo (8).
Espaço e ambiente adequado
Avalie se sua casa está preparada. O cão deve ter um local confortável para dormir e espaço para se movimentar e brincar (11). Um erro comum é escolher um animal incompatível com seu lar: “escolher um cão que não combina com o estilo de vida e o tipo de moradia é um erro muito frequente” (12). Por exemplo, raças muito grandes ou ativas exigem mais espaço ou passeios frequentes, algo difícil de proporcionar em um apartamento pequeno. Informe-se sobre as regras do seu condomínio: muitos prédios ou residenciais proíbem animais ou impõem condições (uso de coleira, limite de número de pets, áreas comuns permitidas etc.) (12, 13). Se não tem quintal, certifique-se de haver parques ou áreas verdes próximas para ele correr. Se trabalha ou viaja muito, planeje quem cuidará do cão em sua ausência (passeios, alimentação, companhia) (14): nenhum animal pode ficar horas sozinho sem atenção.
Ter espaço adequado é vital. “Escolher um cão incompatível com o estilo de vida e a moradia é um erro muito comum” (12). Além disso, muitos condomínios estabelecem regras ou proíbem animais em certos edifícios (13). A foto ilustra um cão em um abrigo: lembre-se de que ele não deve passar longos períodos sozinho ou confinado, por isso é essencial garantir que alguém cuide dele mesmo quando você não estiver em casa (12, 14).
Exercício e estimulação mental
Cães precisam de exercício diário e estímulo intelectual. A quantidade de atividade física varia conforme a raça (15): raças muito energéticas (como Border Collie, Husky Siberiano, Labrador Retriever) exigem passeios longos e atividades intensas; raças de energia moderada (Beagle, Boxer) apreciam passeios regulares e brincadeiras; raças de baixa energia (Bulldog, Shih Tzu) requerem menos esforço, mas ainda se beneficiam de saídas frequentes (16). Adapte o exercício à idade e saúde: filhotes têm muita energia, mas precisam de brincadeiras curtas e descanso, enquanto cães idosos requerem atividades leves. Conhecer a raça ajuda a antecipar suas necessidades: cães de caça ou trabalho precisam de mais estímulos que os de companhia. Uma rotina adequada previne problemas comportamentais e doenças ligadas ao sedentarismo (17). Além do exercício físico, ofereça estimulação mental (brinquedos interativos, treinos de obediência, novos desafios) para mantê-lo feliz e equilibrado.
Exercício e socialização são cruciais para a saúde canina. A necessidade de brincadeiras e atividades diárias. Proporcionar exercícios e estímulos adequados, conforme raça e idade, “é fundamental para sua saúde e felicidade” (17).
Custos financeiros
Manter um cão envolve gastos mensais e anuais significativos. Segundo a Real Sociedade Canina da Espanha, estima-se uma média de ~105 € por mês (cerca de 1.200 € ao ano) para cobrir alimentação, saúde, higiene e outros (18). O maior custo costuma ser a ração de qualidade: aproximadamente 600–800 € anuais (19). Somam-se a isso cuidados veterinários: vacinas e vermifugação (80–200 € no início) e microchipagem (cerca de 50 €) (20), além de consultas anuais de rotina (cerca de 3 por ano, totalizando 150–200 €) (21) e possíveis emergências. Também há gastos com higiene e acessórios: tosa, xampu e escovação (~150 €/ano) (22), cama, coleira, brinquedos (~100 €/ano) (23), etc. Além disso, desde 2023, é obrigatório contratar seguro de responsabilidade civil para cães (24), que custa algumas dezenas de euros anuais. Resumindo, somando comida, veterinário, equipamentos e seguro, o valor facilmente ultrapassa 1.000 € anuais. Avalie seu orçamento familiar antes de assumir esses gastos contínuos (18, 25).
Aspectos legais e normas
Na Espanha, a posse de cães é regulamentada. Microchip e passaporte são obrigatórios: todo cão deve ter microchip registrado na base oficial (REIAC) (26, 27). Desde 2023, a Lei de Bem-Estar Animal exige expressamente a identificação por microchip (28), e multas por descumprimento podem ultrapassar 600 €. A vacina antirrábica também é obrigatória na maioria das regiões (única exigida nacionalmente) (29). Informe-se sobre o calendário local de vacinação e outras recomendações (cinomose, parvovirose, etc.), além de vermifugação interna e externa periódica.
A nova Lei 7/2023 também introduz o seguro de responsabilidade civil obrigatório (24), cobrindo danos que o animal possa causar a terceiros. Cumprir as normas municipais é essencial: geralmente, é exigido recolher fezes e usar coleira em vias públicas. Algumas cidades exigem licença ou registro do animal. Para raças consideradas perigosas, são necessários treinamento, focinheira em locais públicos e seguro especial. Consulte seu município ou comunidade autônoma sobre esses requisitos para evitar multas.
Bem-estar animal e decisão responsável
Além dos aspectos práticos, considere o bem-estar do cão. Escolha uma raça ou tipo compatível com seu estilo de vida: por exemplo, um cão muito ativo não se adapta bem a donos sedentários, e um Bulldog (braquicefálico) pode ter problemas respiratórios que demandem cuidados extras. Pesquise as necessidades específicas da raça (pelagem, predisposição a doenças, nível de sociabilidade) e lembre-se de que cada cão, seja de raça ou vira-lata, tem seu próprio temperamento. Garanta que possa oferecer exercício, estimulação mental e afeto diários.
Evite compras impulsivas: não compre um cão por moda ou como presente. Como alerta a World Animal Protection, muitos animais presenteados acabam maltratados ou abandonados (1). Centenas de cães aguardam adoção em abrigos; adotar é uma opção responsável que salva vidas. Cuidado com criadores ilegais ou vendas sem contrato, onde filhotes podem chegar doentes (30). Como destaca um veterinário: “há muitos criadouros não autorizados que vendem cães doentes, os quais morrem em poucos dias”. Diante da tentação, lembre-se: um cão exige compromisso a longo prazo e milhares de passeios futuros, não apenas um momento de fofura.
Conclusão
Ter um cão muda a vida de quem decide assumir essa responsabilidade, para melhor e para desafiar. Antes de dar esse passo, avalie cuidadosamente tempo, espaço, custos, aspectos legais e emocionais envolvidos. Um dono informado e consciente oferece o melhor presente: uma vida digna e feliz ao seu cão e a tranquilidade de ter tomado a decisão certa (31).
Fontes: Informações de entidades veterinárias e especialistas em bem-estar animal (1, 18, 24, 27, 29). Dados e recomendações foram validados por profissionais na Espanha para garantir precisão.
(1, 3, 4, 6, 7, 8, 9, 10, 11, 31) 10 cosas que debes considerar antes de adquirir una nueva mascota
https://www.worldanimalprotection.es/noticias-y-blogs/noticias/10-cosas-que-debes-considerar-antes-de-adquirir-una- nueva-mascota/
(2, 12, 18, 19, 20, 21, 22, 23) ¿Cuánto cuesta mantener un perro en España y qué cuidados necesita?
(5, 13, 14, 25) Cosas que debes tomar en cuenta antes de adoptar un perro o un gato | Grupo Lovet :: Farmacia Veterinaria San Bernardo :: Medicamentos veterinarios en general y de especialidad. Sucursales en Querétaro y CDMX.
(15, 16, 17) Ejercicio físico: Cuánto necesita tu perro según su raza | mywak
https://mywak.com.co/ejercicio-fisico-cuanto-necesita-tu-perro-segun-su-raza/
(24) Seguro para perros, seguro de salud para perros - Santévet
https://www.santevet.es/seguros-perros
(26, 27) Guía sobre el chip para perros: precio y procedimiento - SantéVet
https://www.santevet.es/articulo/precio-chip-perro
(28) ¿Qué mascotas están obligadas a llevar chip? - MAPFRE
https://www.mapfre.es/particulares/seguros-animales/articulos/mascota-chip/
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